terça-feira, 22 de abril de 2008

O homem e seus limites (Medo)

Medo

Nos últimos dias o que mais se falou foi o caso da menina Isabela, o assustador desse caso não é, apenas a morte de uma criança indefesa, mas sim sua proximidade com nossas vidas. Esse caso mostra o outro lado dessa sociedade, acostumada com a violência diária, assaltos em sinais, dentro de ônibus, em qualquer esquina se encontra drogas pra vender, bem, não preciso falar muito, pois todos nós cidadãos sabemos o que está ocorrendo fora de nossas casas. E, quanto ao caso da menina Isabela, que não se encaixa em nenhum desses casos corriqueiros do nosso dia-a-dia, nos mostra uma família de classe média, como muitas outras, que por um motivo até agora inexplicável, manchou de sangue os jornais, mais um caso brutal, sem motivo aparente.

O grande medo causado por este fato é a proximidade, dos possíveis autores do crime. Qualquer um de nós poderíamos ser vizinhos ou amigos, companheiros profissionais, ou seja, eles são pessoas que não dar para diferenciar e atravessar a rua para se afastar. Quando se entra num mercado qualquer um poderia ocupar, na fila do caixa, lugar a frente ou atrás de pessoas como o pai e a madrasta de Isabela.

Esse tipo de medo nos leva a seguinte reflexão:

Em que ponto a capacidade de amar e ter afeto do ser humano, se transforma em raiva, ira, capacidade matar.

No livro “Grande sertão: Veredas” de Guimarães Rosa, uma frase nunca me saiu da cabeça, “Viver é muito perigoso”. É uma grande verdade, o livro é um romance que conta a historia de um jagunço, cangaceiro, que é o proprio narrador das historias e dos fatos, mas o que realmente vale a comparação é que no livro estão sendo contadas historias de uma terra sem lei e sem dono, muito parecido com a nossa atual situação, mesmo que o tempo tenha se passado pouca coisa mudou do tempo do cangaço a nossa realidade atual.

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